A queda da temperatura pode ocasionar alguns problemas de saúde aos pets, mesmo àqueles que passam a maior parte do tempo dentro de casa. Você sabe como evitar as doenças mais comuns em cães e gatos nesta estação? Em cães, os problemas respiratórios são a principal preocupação para os donos. É preciso ficar atento aos sintomas.
A gripe canina, também chamada de “tosse dos canis” (ou traqueobronquite infecciosa canina), é manifestada, de modo geral, devido à baixa nos termômetros. Transmitida por vírus ou bactérias seja de forma direta ou por secreções respiratórias ou contato com objetos contaminados, a doença exige isolamento do animal doente e de seus pertences, a fim de que se evite o contágio de outros pets. Semelhante à gripe dos humanos, os sintomas comuns são espirros, falta de apetite, febre e tosse seca ou com secreção. Casos graves podem se agravar a pneumonia e levar até mesmo à morte, especialmente se for filhote debilitado.
Esse problema pode ser prevenido com as vacinas intranasal (entram no organismo do animal pelas narinas) ou injetáveis (inseridas na pele do cachorro). Cuide para que seu bichinho não fique em ambientes aglomerados e atente aos objetos utilizados por ele. Outra doença viral frequente é a cinomose, altamente contagiosa durante o ano todo e que se agrava no inverno, pois o vírus sobrevive e se dispersa mais facilmente nessas condições climáticas. O risco é alto entre filhotes com até 1 ano, mas pode atingir cães de todas as idades. O perigo é grande, já que é a doença com o maior índice de mortes: estima-se que apenas 15% dos contaminados sobrevivem a esse mal.
A cinomose é sistêmica, podendo evoluir a problemas gastrointestinais e neurológicos. A transmissão ocorre por secreções oculares, nasais, orais ou fezes. A prevenção é por meio da vacina. A primeira dose (V8) deve ser dada quando o cão tem 2 meses de idade. A segunda, quando atinge os 3 meses, e a terceira dose no quarto mês de vida do pet. As vacinas que agem contra a cinomose também previnem a leptospirose.
Outra questão que deve ser verificada é a pelagem do cão, que serve como um isolante térmico e protege o pet das variações de temperatura. Contudo, é possível que surjam problemas na pele, relacionados principalmente ao momento de dar banho. Hábitos frequentes como tosar e utilizar água e secador podem causar dermatites e alergias. Colocar roupinhas inapropriadas e realizar a escovação de modo incorreto são fatores que também podem contribuir para o aparecimento de problemas dermatológicos. Previna com roupas confortáveis, preste atenção na periodicidade dos banhos nos dias mais frios - o ideal é dar banho em água morna a cada 12 dias - e consulte um veterinário caso surja qualquer comportamento incomum.
Nos gatos, os cuidados devem ser os mesmos. A rinotraqueíte é uma doença respiratória bastante comum de surgir nesses pets durante o inverno. Não é contagiosa aos humanos, mas representa um verdadeiro perigo aos gatos. O contágio ocorre entre pets que são filhotes e, uma vez que seja desenvolvido o vírus no organismo, boa parte - aproximadamente 80% - permanece doente por toda a vida. A maioria dos casos se encontram em locais com grande quantidade de felinos, pois a doença é transmitida pelo contato entre os animais. Os principais sintomas são febre, secreção nasal e ocular, dificuldade de respirar, apatia, espirros e desidratação.
A prevenção é através da vacinação, seja tríplice (V3), quádrupla (V4) ou quíntupla (V5), que protegem os gatos contra a rinotraqueíte e outras enfermidades como a leucemia e a clamidiose. Vacine logo nos primeiros 45 dias de vida e limpe os objetos do animal que já está doente, evitando que o vírus seja transmitido a outros pets.
Animais idosos exigem atenção redobrada nas épocas mais frias, visto que a imunidade é mais baixa e sensível. A preocupação vai além dos problemas respiratórios, pois em idades avançadas é comum que haja dores nas articulações, o que piora significativamente no inverno. Em geral, a osteoartrose se manifesta no frio, afetando a cartilagem e diminuindo a capacidade de locomoção. A doença se relaciona a problemas na hérnia de disco, nos joelhos, ombros e cotovelos. Não há cura justamente por ser associada à idade, mas o tratamento melhora a qualidade de vida, a partir do uso de analgésicos ou métodos alternativos de fisioterapia e acupuntura.