Não é novidade que os cães são muito inteligentes. Entendem a linguagem corporal humana, aprendem palavras e seus significados, se comunicam conosco, valorizam as companhias e são capazes até de nos enganar. Enfim, são espertos demais. Entretanto, o modo com que os animais assimilam informações que recebem ainda não é totalmente conhecido pela ciência.
Mas um novo estudo revelou um pouco do processo de entendimento dos cães. Realizado por pesquisadores da Universidade de Lincoln, do Reino Unido, o trabalho comparou a percepção dos cães a dos seres humanos. E, assim, concluiu que o modo de assimilar palavras a objetos, do ponto de vista dos animais, é muito diferente da forma utilizada por nós, seres humanos.
Segundo o estudo, enquanto os seres humanos observam mais a forma do objeto para reconhecê-lo, os cães têm outras referências. Por exemplo, para um bebê a palavra “bola” está associada sempre à sua forma redonda. Ou seja, o bebê sempre procurará um objeto circular ou oval quando quiser uma bola. Já para os cães, o formato não chama mais atenção que outros fatores.
No caso, a forma do objeto fica atrás da textura e, principalmente, do tamanho como os principais pontos de identificação. Utilizando o mesmo exemplo do bebê, quando um cão é incentivado a achar uma bola, buscará objetos que sejam do mesmo tamanho ou do mesmo material da bola a que o animal foi apresentado. Não há relação entre a palavra e o formato circular da bola.
Trata-se de um estudo que avança num campo onde são precisos ainda muitos estudos e testes com cães para que seja possível entender melhor o modo como funciona a cabeça dos animais. Os resultados obtidos por esse estudo da Universidade de Lincoln são animadores, pois justamente impulsionam novas pesquisas e descobertas que podem ser de grande ajuda para os cães.